Sou do tamanho de uma couve branca .

Já só faltam 4 semanas para o grande dia!

Será que estou mesmo pronta para ser mãe?

Só faltam cerca de 28 dias para o grande dia. Chegou ao último mês de gestação. Parabéns!

Por esta altura deve estar muito ansiosa para ver o seu filho e para se livrar dos desconfortos da gravidez, pois se é quase certo que daqui a uns tempos vai sentir a falta da sua barriga, com toda a certeza não sentirá falta nenhuma dos enjoos, da obstipação ou do inchaço nas pernas!

A verdade é que já falta pouco para iniciar uma nova vida. Já tem tudo preparado? A mala para levar para a maternidade? As fraldas e a roupinha lavada? O quarto pronto para receber o novo membro da família? Assegure-se de que tem tudo em ordem para o caso do seu bebé decidir nascer mais cedo do que o previsto. E mesmo assim, é possível que se sinta um pouco “despreparada”. Mas pelo menos fraldas não lhe vão faltar!

Também será importante escolher o pediatra para o seu filho ou pelo menos ter já uma ideia das várias hipóteses. Pergunte a familiares a amigos quem é o pediatra dos filhos, pois assim terá referências.

O bebé está nesta altura praticamente pronto para nascer e, a partir de agora, pode decidir descer pelo canal de parto a qualquer momento. Aliás, a maioria dos bebés às 36 semanas estão já virados de cabeça para baixo, posicionados para nascer. Se o seu ainda não se decidiu pela “cambalhota”, poderá fazê-lo a qualquer momento. De qualquer forma, se isto não acontecer e o bebé permanecer na posição “sentada” (pélvica), o seu médico irá conversar consigo sobre as opções de parto, nomeadamente a cesariana. Também existem alguns exercícios que pode fazer para encorajar o bebé a virar-se e o seu médico poderá também tentar virá-lo manualmente, empurrando-o a partir do exterior da sua barriga, fazendo o que se chama “versão cefálica externa”.

Na realidade, ao seu bebé só lhe faltam mesmo algumas reservas de gordura, que lhe vão permitir dispor de um sistema de regulação de temperatura interna quando deixar o conforto do seu útero. Assim, o seu desenvolvimento vai começar a ser lento e regular, continuando a ganhar peso e acumular gordura, numa média de 250 gramas por semana.

Nesta altura é possível que ele pese por volta de 3Kg e meça 49 a 50 centímetros, embora estes valores possam variar bastante de criança para criança. Neste momento, a gordura está a preencher os ombros e os joelhos, formando dobras no pescoço e na cintura.

As gengivas dele estão duras, com sulcos que se assemelham aos dentes, ainda que estes só apareçam por volta dos 3 meses a 1 ano de idade. Nesta altura o seu bebé já tem também muito cabelo, embora este possa mudar de textura e cor ao longo do tempo. Também há bebés mais carequinhas do que outros.

Entretanto, o seu bebé pode ouvir, sentir, tocar e ver. Já tem padrões definidos de sono e vigília, abrindo os olhos quando está acordado e fechando enquanto dorme.

Cante e fale com ele. Não se iniba de o fazer quantas vezes lhe apetecer, pois o bebé já acumula memórias e será bem possível que depois de nascer reconheça a canção que sempre lhe cantou e adore adormecer com ela.

Finalmente, ainda bem que já tem fraldas, pois o seu bebé já está a acumular no intestino uma substância escura, esverdeada e viscosa chamada mecónio, que resulta de todas as substâncias que o bebé ingere e que estão presentes no líquido amniótico, entre as quais o lanugo que ele tinha sobre o corpo e está a perder, e também grande parte da vernix caseosa. O mecónio será evacuado quando o bebé nascer, naqueles que serão os seus primeiros movimentos intestinais.

A partir do momento em que o bebé ficar encaixado, já deverá ser mais fácil respirar e até poderá começar a ter menos azia e mais apetite, já que a pressão sobre os pulmões e o estômago poderá diminuir. No entanto, a cabeça do bebé apoiada na sua bexiga vai manter frequentes as suas idas à casa de banho, se não mesmo aumentá-las. Por precaução, mantenha uma luz acesa à noite para a guiar no caminho e evitar acidentes.

Também poderá sentir uma sensação de formigueiro ou dormência na região pélvica, devido à pressão do bebé sobre os nervos das pernas e da pélvis.

O facto de o bebé descer é sinal que a sua gravidez estará a chegar ao fim dentro das próximas semanas. Assegure-se de que sabe quais são os sinais de parto, para não ser apanhada de surpresa. E também que sabe o momento certo para ir para maternidade, pois se chegar demasiado cedo irão mandá-la de volta para casa!

De facto, se teve uma gravidez sem complicações e a bolsa amniótica não rebentar logo, pode esperar que as contracções se dêem de cinco em cinco minutos para se dirigir ao hospital. Se, no entanto, não sentir o bebé mexer, perder água (mesmo sem contracções) ou sangue, deverá ir para lá imediatamente.

Quais são então os sinais de parto?

O modo como se inicia o trabalho de parto varia de mulher para mulher. Para umas, os sinais são muito claros e inequívocos, enquanto outras nem percebem que já iniciaram o processo.

Se estiver mesmo a entrar em trabalho de parto, poderá sentir alguns dos seguintes sintomas:

– Perda do rolhão mucoso (geralmente vários dias antes do parto espontâneo, é um sinal que o colo do útero está a ficar mais amolecido e permeável.), isto é, a libertação de uma espessa camada de muco, parecido com uma geleia, que veda a entrada do útero durante a gravidez. Este pode ser rosado ou raiado de sangue.

– Perda de líquido amniótico pela vagina, devido a rotura das membranas ou “bolsas de águas”. Quando isto acontece, a grávida pode não sentir dor, mas apenas uma sensação de água morna a escorrer. O líquido pode sair numa golfada ou a pouco e pouco, conforme o tamanho e a localização da rotura. Esta «bolsa de águas» pode romper antes, no início, durante ou só no final do trabalho de parto.

– Contracções uterinas regulares, isto é, dores tipo cólicas que começam nas costas e se estendem em direcção à barriga. Geralmente começam suavemente, pouco fortes, em intervalos entre 15 a 20 minutos, com uma duração de 30 a 45 segundos. À medida que o trabalho de parto avança, começam a ser mais frequentes, mais prolongadas e dolorosas, mantendo-se constantes.

Por esta altura, já deverá estar a visitar o seu médico semanalmente, embora nem ele consiga dizer exactamente quando é que será o dia do nascimento, a não ser que tenha marcado uma cesariana. Nestas consultas, o médico irá verificar a posição do bebé e fazer a avaliação do colo uterino, procurando sinais de dilatação, pois é preciso que ele esteja dilatado e fino para permitir que o bebé consiga passar pelo canal do parto. O seu colo do útero estará completamente dilatado e pronto para o bebé nascer quando atingir uma abertura de cerca de 10 cm de diâmetro.

É importante planear o caminho para a maternidade. Por certo já sabe como é que lá vai chegar, mas deverá ter caminhos alternativos no caso de engarrafamentos de trânsito ou obras. A última coisa de que precisa no momento do parto é estar preocupada com o caminho para a maternidade!

Também é essencial ter já a cadeirinha do bebé para o carro, pois se o seu bebé decidir nascer mais cedo já terá meio de transporte quando sair da maternidade. Certifique-se que sabe instalá-la correctamente no carro e que consegue colocar o bebé nela de forma segura.

Se ainda não sentiu os pontapés do seu bebé, aproveite agora. Coloque a mão na barriga da sua companheira e delicie-se a sentir o seu filho!

Entretanto, deixe-se levar pelo entusiasmo ao preparar o quartinho do seu bebé. Os dois, pai e mãe, imaginem que estão já a trazê-lo para casa e a colocá-lo a dormir, dando-lhe muitos mimos como uma família!

Não tenha receio de estar demasiado envolvido. Não tenha medo de sentir!