Viver com o bebé

Nasceu o seu Bebé!

Após nascimento, o bebé é entregue à mãe. Nesse primeiro contacto, recebe desde logo o calor e a segurança que tanto precisa, reconhecendo os batimentos cardíacos da mãe, o seu cheiro e a sua voz. É aqui que se inicia uma relação emocional única e duradoura, que se irá estabelecer de modo gradual ao longo da existência de ambos, num processo de adaptação mútua. Estabelece-se, deste modo, o vínculo mãe-filho, onde dar a mama é um factor central. O início desse processo, no entanto, nem sempre corresponde às expectativas da mulher. Quer isto dizer, que aquele amor maternal, forte e inabalável, de que toda a gente fala, pode não surgir assim que o bebé nasce, apesar de toda a ternura e sentimento de protecção que ele possa despoletar. Na realidade, a primeira sensação da mãe pode até ser de alívio, misturada com alguma desilusão de expectativas não colmatadas, como achar que o filho não é parecido com ela nem tão bonito como desejaria. O tão famoso amor maternal pode estar condicionado a variadíssimos factores, entre os quais as dores, cansaço ou sonolência. O amor que as mães sentem pelos filhos poderá apenas crescer à medida que os dois vão interagindo e a verdade é que por vezes é preciso algum tempo para assimilar a ideia de que agora são mães. Trata-se, no fundo, de um processo de aprendizagem.

O primeiro exame do bebé

Assim que o bebé chega ao mundo exterior é submetido a uma avaliação inicial, o designado Índice de Apgar, um diagnóstico feito pelo médico no 1º minuto de vida e repetido ao 5º minuto. Através deste exame é possível ter uma ideia geral do estado de saúde do bebé, nomeadamente no que diz respeito à sua capacidade para reagir aos estímulos da vida extra-uterina.

O índice de Apgar analisa cinco aspectos: a frequência cardíaca, a capacidade respiratória, o tónus muscular, a resposta reflexa e a cor da pele. A pontuação máxima é 10, dando-se entre 0 e 2 pontos a cada um dos sinais avaliados. Um bebé em condições adequadas terá uma pontuação de Apgar entre 7 e 10.

E se o índice for baixo?

O Índice de Apgar é excelente para fazer um diagnóstico do bem-estar do bebé assim que ele nasce, permitindo avaliar a sua capacidade vital de resposta ao parto em si e ao novo ambiente.

No entanto, não serve para avaliar o seu desenvolvimento a longo prazo. Face à avaliação feita e vigilância nas primeiras 24 horas, serão tomadas as medidas necessárias à estabilidade vital do recém-nascido.

A adaptação ao mundo exterior
Durante toda a gravidez, o bebé esteve sempre a receber oxigénio e nutrientes através da placenta,

que também eliminava todos os seus resíduos. Após o nascimento, e apenas em alguns minutos, órgãos. Como consequência, todo o sistema de circulação sanguínea altera-se.

Com estas mudanças, o fígado do bebé passa também a receber mais sangue, o que irá permitir que comece a fazer o metabolismo da reserva dos alimentos. Nos primeiros dias de vida, ele irá fazer o metabolismo de glicogénio que foi acumulado nas últimas 8 semanas de vida intra-uterina, e que irá colmatar as necessidades energéticas do bebé nos momentos em que a mãe não tem leite.

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