Alimentação ajuda mesmo na imunidade?

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Muito se tem dito sobre a alimentação ter influência no nosso sistema imunitário nos últimos meses e, como sempre acontece quando um tema ganha notoriedade, muita informação errada tem passado para o consumidor.

Alimentos milagrosos, suplementos imprescindíveis, entre outras coisas. Deixem-me ser-vos sincera: nada disso é verdade! Não existe nenhum alimento ou suplemento, que por si só, consigam ter algum efeito benéfico sobre o nosso sistema imunitário, especificamente de o reforçar.

O Sistema Imunitário é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o nosso organismo contra agressões externas, como por exemplo, vírus ou bactérias. Para funcionar corretamente, este sistema deve detetar uma grande variedade de agentes estranhos e distingui-los do tecido saudável do corpo. Esta capacidade de distinção envolve reações bastante complexas. Assim, é fácil de perceber que nenhum alimento ou suplemento, de forma isolada, consegue reforçar esta resposta imunitária. Para que isso aconteça é necessário haver uma simbiose entre diversos aspetos externos que podem influenciar a nossa Imunidade: alimentação, digestão e absorção de nutrientes, stress, sono e atividade física.

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Uma alimentação saudável atua, em conjunto com outros fatores, para fortalecer o nosso Sistema Imunitário e auxiliar na prevenção de diversas doenças:

  • Dar preferência a alimentos “in natura ou minimamente processados, pois este tipo de alimentos possuem nutrientes com propriedades protetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias;

Dentro destes “nutrientes protetores” destaco alguns bem como algumas das suas fontes alimentares:

Vitamina A e os Carotenoides presentes em alimentos como o fígado, ovos, vegetais de folha verde-escuro e frutas amarelo-alaranjadas (manga, papaia, abóbora, cenoura, entre outras);

A Vitamina C: laranja e restantes frutas cítricas, couve- de- bruxelas, couve-flor, pimento e couve portuguesa;

Zinco: carnes vermelhas, fígado, carne de vaca magra estufada, perna de perú, miolo de amêndoa/ amendoim;

Selénio: sardinha, salmão e farinha de trigo integral.

  • Lacticínios probióticos são também uma boa escolha para ajudar a reforçar o Sistema Imunitário;
  • Escolher boas fontes de Proteínas e Hidratos de Carbono;

Dentro das suas várias funções, as Proteínas exercem também uma função protetora: anticorpos, impedem a entrada de agentes estranhos no nosso organismo.

São exemplos de boas fontes de proteína os seguintes alimentos: frango, ovos, carne vermelha magra, peixe e lacticínios. Quem optar por uma alimentação vegetal pode optar por leguminosas como o feijão, grão, soja, ervilhas e lentilhas.

Quanto aos Hidratos de Carbono são a principal fonte de energia do corpo e para conseguirmos ter uma resposta imunitária eficaz necessitamos de energia, por isso, é importante assegurarmos, regularmente a ingestão de alimentos ricos em HC: cereais como a aveia ou o arroz, a batata e a batata-doce, pão integral, entre outros.

  • Manter-se hidratado: por fim, mas não menos importante, é essencial mantermos o corpo hidratado, por forma a mantermos todas as reações do nosso organismo a funcionar corretamente.

Não esquecer que na gravidez, as necessidades hídricas estão aumentadas, devendo haver uma ingestão de cerca de 3l de líquidos/dia.

Estes são alguns comportamentos alimentares que, quando aliados a uma vida ativa e a um sono de qualidade poderão, de facto, ajudar a reforçar a nossa Imunidade.

FONTE: Nutricionista Carla Gomes

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